22.7.21

CURSO 2021: informações e inscrições

 

CINEMA MODERNO E CONTEMPORÂNEO


Início  - 02 de agosto de 2021 

Horário: segundas - das 20:00 às 23:00
as aulas marcadas com * serão iniciadas 15 minutos mais cedo


Valor:  
- R$ 320,00 mensais
- R$ 160,00 para alunos de comunicação e artes e para professores (de qualquer nível e/ou disciplina) 

Fone: (11) 3926.2538
email: cinegrafia@uol.com.br

programa e cronograma de aulas de 2021


CINEMA MODERNO E CONTEMPORÂNEO


1. ORSON WELLES E A NARRATIVA MODERNA *
(02 de agosto)
Filme base: Cidadão Kane.
O que é cinema moderno. Condições para o surgimento da estética moderna. Transformação da linguagem cinematográfica (crise da estética da transparência). Prefigurações do moderno. O cinema se repensa a partir de sua história. Kane e a nova organização espacial: profundidade de campo, plano sequência, o som, sentido da fotografia. Orson Welles e o tema do labirinto: o mundo moderno como mundo instável. Diálogo com outras artes.

2. ROBERTO ROSSELLINI E O NEO-REALISMO
(09 de agosto)
Filme base: Alemanha, Ano Zero.
O cinema italiano no fascismo. O que é neo-realismo. Características centrais. Se Roma, Cidade Aberta é a eclosão do novo cinema europeu,Alemanha, Ano Zero traz a plenitude desta corrente, ao mostrar um drama moral e social na Berlim do pós-guerra. A idéia de liberdade em R.R. O catolicismo. O cinema contra a sociedade do espetáculo. O primado da ética e do autor. Os “neo-realismos”. Multiplicidade do moderno.

3. INGMAR BERGMAN E A CRÍTICA FRANCESA NO PÓS-GUERRA
(16 de agosto)
Filme base: Mônica e o Desejo, de Ingmar Bergman.
Evolução do pensamento crítico. Os teóricos-realizadores da era clássica. Segunda Guerra e cinefilia. Surgimento da Cinemateca: o cinema e o reconhecimento de sua história. O realismo de AndréBazin como matriz do pensamento crítico no pós-guerra. O cineclubismo. Os “Cahiers du Cinéma” e a geração dos “jovens turcos”: Truffaut, Godard, Rohmer, Rivette e Chabrol. Reavaliação histórica do cinema. Combate à “qualidade francesa”. O que é “autor”. A “política dos autores”. Redefinição do cinema e preparação da “Nouvelle Vague”.

4. AMÉRICA: A GERAÇÃO DO PÓS-GUERRA
(23 de agosto)
Filme: Anjo do Mal/Pick Up on South Street, de Samuel Fuller.
A crise do “sonho americano”: desilusão do pós-guerra; Guerra Fria e macarthismo. A diluição das fronteiras morais. Transformações nos gêneros e transformação do herói. A América da maturidade: Nicholas Ray, Elia Kazan.

29. DEPOIS DO NEO-REALISMO: ANTONIONI *
(30 de agosto)
Filme base: Blow Up - Depois daquele Beijo.
O “neo-realismo sem bicicleta”. Desdramatização e rarefação da intriga. O real tensionado. O homem diante da liberdade. O homem depois de Deus.

5. NOUVELLE VAGUE 1 - FRANÇOIS TRUFFAUT
(13 de setembro)
Filme base: Os Incompreendidos.
Elementos básicos da Nouvelle Vague. O cinema que se faz a partir do conhecimento da história. A substituição do artesão pelo autor. NV: núcleo central (Truffaut, Godard, Rivette, Rohmer, Chabrol) e agregados. A ação e a coloquialidade como fundamentos do novo cinema. A idéia de independência criativa. Transformações técnicas, estéticas, politicas, sociais e econômicas decorrentes da NV.

6. NOUVELLE VAGUE 2 – ALAIN RESNAIS
(20 de setembro)
Filme base: Hiroshima Meu Amor.
O impacto de Hiroshima. Relato não-linear e espaço fragmentário. Afastamento do literário e da psicologia. O filme como recriação (e não como imitação do mundo). A memória. Fato, memória e discurso. O real questionado. O realismo de André Bazin questionado. Campo e extracampo. Trama de imagens e som. A inexistência do tempo.

7. NOUVELLE VAGUE 3 - JEAN-LUC GODARD
(27 de setembro)
Filme base: Alphaville.
Vários momentos da “revolução” godardiana. Enquadramento e apreensão do real; plano sequência e decupagem clássica; ausência de roteiro e busca de reencontro do cinema mudo; montagem como princípio organizador; citação e agregação de outros universos; o filme como documento: atualidade e atualidades; descontinuidade; os diversos usos da fala, da música, dos ruídos.

8. CINEMA BRASILEIRO 2 – A ERA MODERNA *
(04 de outubro)
Filmes base: Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha.
O cinema brasileiro e a busca de legitimidade a partir dos anos 40: Atlântida e Vera Cruz. Introdução do neo-realismo. Fundação de uma cinedramaturgia brasileira e seus fundamentos. Cinema como instrumento de libertação nacional: "estética da fome". Instauração de um modo de produção: a câmera na mão. Cinema Novo e sua relação com a técnica. Glauber e o anti-espetáculo: revelação e questionamento do real. Barroco e opacidade. História e destino.

9. CINEMA FEMININO - VERA CHYTILOVÁ
(11 de outubro)
Filme base: As Pequenas Margaridas.
Aos poucos, as mulheres, que haviam se imposto no princípio do cinema, voltam a se firmar como diretoras. Figuras como Ida Lupino, nos EUA, ou Agnès Varda, entre outras, abrem caminho para a normalização da presença feminina.

10. CINEMA BRASILEIRO 3
(18 de outubro)
Filme Base: O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla.
Principais decorrências do Cinema Novo nos anos 60 e das transformações políticas no país.. A influência da cinefilia e do cinema popular. Embrafilme, experiência de empresa estatal.

CINEMA CONTEMPORÂNEO

11. CLINT EASTWOOD *
(25 de outubro)
Filme base: Os Imperdoáveis.
A crise do moderno. O retorno à narratividade. A imagem como referencial do filme. Hollywood e a introdução do “blockbuster”. Os Imperdoáveis e a história do faroeste. Os Imperdoáveis no contexto contemporâneo. O Oeste como lenda e como história. O simulacro.

12. ERIC ROHMER
(01 de novembro)
Filme base: Noites de Lua Cheia.
O trabalho com a imagem numa era de inflação de imagens. Cinema meio e cinema fim. Cinema como arte do espaço. A recuperação da transparência narrativa. O jogo do real e do imaginário.

13. BRIAN DE PALMA
(08 de novembro)
Filme base: Redacted - Guerra sem Cortes. 
De Palma ou a percepção de que a experiência deixa de ser gerada pelo mundo real e passa a ser gerada pelas próprias imagens

14. DAVID CRONENBERG
(22 de novembro)
Filme base: eXistenZ.
Os meios de comunicação como extensões do homem. Homem, ciência, mutação. Os monstros inquietantes. Diferença entre o monstro clássico e monstro cronenberguiano. Realismo e realidade virtual. Crise do sujeito. A comunidade desviante. Fonte narrativa em D.C. A imagem como ilusão.

15. MANOEL DE OLIVEIRA
(29 de novembro))
Filme-base: A Carta .

16. ABBAS KIAROSTAMI
(06 de dezembro)
Filme base: Onde Fica a Casa do Meu Amigo?
Anos 80: a vanguarda vem da Ásia. Chinas e Irã. Algumas características do modo de produção iraniano. Kiarostami: plano e duração do plano. Tempo e suspense. O sistema A.B.: filme como produto do contato entre espectador e projeção. Incompletude das imagens e público.

17. DAVID LYNCH *
(13 de dezembro)
Filme base: Mulholland Drive - Cidade dos Sonhos
O mistério e a experiência do mistério. O quebra-cabeça narrativo. Dissociação do sujeito. Narrativa vs. verossimilhança.

18. CINEMA BRASILEIRO 4 - ANOS 90 E DEPOIS
(20 de dezembro)
Filme base: O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Fº.
A Retomada, a busca de novas narrativas, a procura da massificação.





18.12.17

BIBLIOGRAFIA GERAL *

Cinema de Boca em Boca - Críticas de Inácio Araujo, de Juliano Tosi (org.) (Imprensa Oficial) disponível para download aqui

Nova História do Cinema Brasileiro – org. Fernão Ramos e Sheila Schvarzman (Sesc)

Dicionário de Filmes Brasileiros (Longas – 2009) – Antonio Leão da Silva

O Cinema no Século – Paulo Emilio Salles Gomes (Cia. das Letras)
Uma Situação Colonial? – Paulo Emilio Salles Gomes (Cia. das Letras)
Encontros com Paulo Emilio – org. Adilson Mendes (Azougue)
Joaquim Pedro de Andrade – Luciana Correa de Araujo (Alameda)
Bernadet 80 – org. Ivonete Pinto e Orlando Margarido (Abraccine)
Revisão Crítica do Cinema Brasileiro – Glauber Rocha (CosacNaify)
Ensaios de Cinema Brasileiro – Andrea Ormond (Cinema Estronho)
Viagem ao Cinema Silencioso do Brasil – org. Samuel Paiva e Sheila Schvarzman (Annablume)
Sobre Direção de Cinema – David Mamet (Ed. Civilização Brasileira)
Hiroshima Mon Amour no Brasil – Alessandra Brum (Annablume)
O Cinema Musical Norte-Americano – Paulo Roberto Ferreira Cunha (Annablume)
Notas sobre o Cinematógrafo – Robert Bresson (Iluminuras)
Conversas com Kubrick – Michel Ciment (CosacNaify/Mostra)
Conversas com Scorsese – R. Schickel (CosacNaify/Mostra)
Cinema e Anarquia – Isabelle Marinone (Azougue/Cinemateca Brasileira)
Conversas com Woody Allen – Eric Lax (CosacNaify)
Sombras e Sons – Walnice Nogueira Galvão (Lazuli)
Imagens da Mulher – Georges Duby e Michelle Perrot (Edições Afrontamento)
Sobre a História do Estilo Cinematográfico – David Brodwell  (Unicamp)
Lendo as Imagens do Cinema – Laurent Jullier e Michel Marie (Senac)
Nouvelle Vague e Godard – Michel Marie (Papirus)
Cinema e Mercado – org. Alessandra Medeiros (Escrituras)
Tim Burton – org. Laura Canepa (Cinema Estronho)
A Mise-en-Scène no Cinema – Luiz Carlos Oliveira Junior Unicamp)
Feminino e Plural – org. Karla Holanda (Papirus)
Figuras Traçadas na Luz - David Bordwell (Papirus)
Introdução ao Documentário – Bill Nichols (Papirus)
Ver e Poder – Jean-Louis Comolli (UFMG)
Manoel de Oliveira – Diversos (CosacNaify/Mostra)
História do Cinema Mundial – Mark Cousins (Martins)

Catálogos do CCBB (encontráveis em pdf no site da instituição)
Alain Resnais e a revolução discreta da memória
Aventura Antonioni
John Ford
Clint Eastwood – Clássico e Implacável
Oscar Michaux – O cinema negro e a segregação racial
 Hitchcock
Yasujiro Ozu – Emoção e Poesia
O Cinema É Nicholas Ray
Fritz Lang – O Horror Está no Horizonte
Douglas Sirk – O Príncipe do Melodrama
Samuel Fuller – Se Você Morrer Eu Te Mato
Buster Keaton – O mundo é um circo
Godard Inteiro ou O Mundo em Pedaços
Compreender o Cinema, de Antonio Costa (ed. Globo)
O Cinema - Ensaios, de André Bazin (ed. Brasiliense)
O Cinema como Arte, de Rudolf Arnheim (ed. Aster - Lisboa)
A Experiência do Cinema, org. Ismail Xavier (ed. Graal)
O Gênio do Sistema, Thomas Schatz (ed. Companhia das Letras)
Hitchcock/Truffaut, de François Truffaut (ed. Companhia das Letras)
Cinema – O Mundo em Movimento, de Inácio Araujo (ed. Scipione)
Fragmentos para uma Autobiografia, de Roberto Rossellini (ed. Nova Fronteira)
Por um Cinema sem Limite, de Rogério Sganzerla (Azougue Editorial)
Dicionário Teórico e Crítico de Cinema, Jacques Aumont e Michel Marie (Papirus)
As Teorias dos Cineastas, de Jacques Aumont (Papirus)
Cinema Mundial Contemporâneo, de Mauro Baptista e Fernando Mascarello (orgs.) (Papirus)
O Jogo da Reinvenção - Charlie Kaufman e o Lugar do Autor no Cinema, de Cecília Sayad (Alameda Editorial)
Ecos do Cinema - org. Ivana Bentes (ed. UFRJ)


Antologias críticas:
Um Filme É um Filme, de José Lino Grunewald (ed. Companhia das Letras)
A Palavra Náufraga, de Antonio Gonçalves Filho (ed. Cosac & Naify)
O Prazer dos Olhos, de François Truffaut (Jorge Zahar ed.)


Sites:
Dicionários de Cinema: http://dicionariosdecinema.blogspot.com/


Outras leituras:
Ao longo do curso serão indicados textos específicos sobre alguns dos assuntos e realizadores abordados.


* Não se trata de textos de leitura obrigatória, mas de sugestões de leitura